Em noite marcada por muita emoção, a Câmara de Vereadores de Igrejinha entregou, em Sessão Solene realizada na última quinta-feira (04), três homenagens a pessoas que se destacam na comunidade e em suas atribuições. O Título de Cidadã Honorária foi concedido a Nancy Brussius, o Prêmio Sou Voluntário Faço a Diferença foi para a OASE - Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas - IECLB e a homenagem de Empreendedorismo Feminino para a Elisabete Adriana Trage.
A Sessão Solene das homenagens tradicionais do Legislativo contou com a presença dos vereadores, do prefeito Leandro Hörlle, do vice-prefeito Juliano Müller de Oliveira, do secretário de Administração e Desenvolvimento Econômico, Dirceu Linden Junior, além de familiares e amigos dos homenageados. Nas falas dos homenageados, dos vereadores e das autoridades, muita emoção, agradecimento e histórias compartilhadas.
Em sua fala, o presidente da Câmara de Igrejinha, vereador Maxwel de Matos agradeceu e parabenizou as comissões pelas indicações e escolha dos nomes, os quais considerou representantes que se destacam e muito merecem as homenagens. Artista que é, não pode deixar de destacar os legados nessa área que, coincidentemente, as três homenageadas possuem. “Por acaso temos uma noite de homenagem feminina, mas também da cultura. Desde que assumi como presidente, sempre busco trazer uma apresentação artística para as Solenes. Hoje, é a exposição dos quadros da artista plástica Nancy Brussius. A Beti é uma artista no design das bolsas e a Oase realiza tantas formas de arte há mais de 100 anos. Muito me honra ouvir as biografias, as falas dos colegas e poder hoje reconhecer aquilo que cada uma de vocês realizou e ainda seguirá realizando”, destaca o vereador.
Na ocasião também seria entregue o Título de Cidadão Igrejinhense ao Sr. Olavo Martens. Por uma situação de saúde o mesmo não pode se fazer presente e será marcada uma nova data para a entrega.
Sobre as homenageadas
Cidadã Honorária: Nancy Terezinha Brussius é uma das figuras culturais mais expressivas de Igrejinha. Autodidata, encontrou na pintura em tela sua maior forma de expressão, destacando-se em exposições pelo país e conquistando prêmios importantes, como o 1º lugar no concurso “Descobrindo Talentos – Sesi” e medalha no Salão de Artes Plásticas do Rio de Janeiro. Inspirada pela natureza e pela sensibilidade humana, transformou emoções em cor e movimento. Sua atuação comunitária também marcou gerações: integrou por décadas o Coral Municipal, participou ativamente da vida cultural e religiosa da cidade, presidiu a OASE, foi Seniorin da 24ª Oktoberfest de Igrejinha, e representou grupos locais em eventos e ações solidárias. Elegante, sensível e vibrante, Nancy segue simbolizando criatividade, força e dedicação à arte e à comunidade.
Prêmio Sou Voluntário Faço a Diferença: A OASE - Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas - IECLB de Igrejinha tem origem no movimento iniciado por mulheres europeias no século XIX, dedicadas ao cuidado social e cristão. No Brasil, consolidou-se a partir de 1899 e chegou à comunidade local em 1911, ainda com o nome de Frauenhilfe. As mulheres reuniam-se para oração, canto, apoio mútuo e ações beneficentes, tornando-se força essencial na vida comunitária. Ao longo das décadas, organizaram corais, peças teatrais, eventos culturais e projetos sociais, além de criar o Jardim de Infância e construir a Casa da OASE, marcos de sua atuação. Mesmo durante períodos de crise, como o Estado Novo e a Segunda Guerra, o grupo manteve seu compromisso com fé, serviço e solidariedade. Já integrada como OASE, expandiu atividades, formou lideranças e fortaleceu ações educativas, culturais e sociais. Com mais de um século de história, permanece como um dos movimentos femininos mais influentes de Igrejinha, símbolo de união, cuidado e legado comunitário.
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Empreendedorismo Feminino: Elisabete Adriana Trage construiu uma trajetória marcada por coragem, trabalho e solidariedade. Chegou a Igrejinha sem planos e transformou desafios em oportunidades, ingressando no ramo de bolsas e, com persistência, fundando a Bag’s, que mais tarde viria a ser a Beti Bolsas. A partir de uma única máquina de costura, criou um negócio reconhecido, fruto de dedicação, fé e habilidade em reinventar-se, inclusive durante crises como a pandemia, quando buscou alternativas para manter sua equipe empregada. Generosa e sempre disposta a ajudar, Elisabete tornou-se referência de empreendedorismo humano, inspirando mulheres, fortalecendo laços comunitários e provando que sonhos se realizam com coragem, propósito e amor ao próximo.